Dentro de mim existe um lugar onde vivo inteiramente só
e é lá que se renovam as nascentes que nunca secam.
P.Buch

22 de agosto de 2010

Maravilhosa Coincidência do Universo

Sempre me surpreendo ao ver as coincidências em nossa vida cotidiana. Sabe, aquelas coincidências de você pensar em alguém e ela te telefonar, ou encontrar alguém ou algo que você justamente precisa para desenvolver um projeto, por em prática alguma idéia?

O Deepak Chopra diz que nada, absolutamente nada, existiria não fosse um extraordinário conjunto de coincidências e que essas coincidências são os milagres que acontecem em nossas vidas diariamente e a gente muitas vezes nem percebe, e continua explicando:

“ No momento em que o Big Bang deu origem ao universo, o número de partículas criadas foi ligeiramente maior do que o de antipartículas. As partículas e as antipartículas então colidiram e aniquilaram umas às outras, inundando o universo de fótons. Devido ao desequilíbrio inicial, restaram algumas partículas depois da aniquilação, que criaram o que conhecemos como mundo material. Você, eu e o resto do universo, inclusive as estrelas e as galáxias, são um material que sobrou do momento da criação. O número total de partículas restantes foi de 10 elevado a 80 (o número 1 seguido de 80 zeros). Se o número de partículas tivesse sido ligeiramente maior, as forças gravitacionais teriam obrigado o jovem universo a sucumbir sobre si mesmo, formando um enorme buraco negro, o que significaria que você, eu, as estrelas e as galáxias simplesmente não existiriam. Se o número de matérias-partículas tivesse sido levemente menor, o universo teria se expandido tão rápido que não teria havido tempo para as galáxias se formarem como o fizeram.

Os primeiros átomos foram de hidrogênios. Se a poderosa força que sustenta o núcleo de um átomo tivesse sido uma fração percentual menor, o deutério, um estágio pelo qual o hidrogênio passa antes de se tornar Helio, não teria ocorrido e o universo teria continuado a ser hidrogênio puro. Se por outro lado, as forças nucleares fossem uma fração mais forte, todo o hidrogênio teria se queimado rapidamente, não deixando nenhum combustível para as estrelas. Desse modo, assim como as formas gravitacionais precisavam ter exatamente a força que tinham, as forças eletromagnéticas que mantinham os elétrons no lugar também precisavam ser exatamente como eram – nem uma fração a mais ou a menos -, para que as estrelas se transformassem em supernovas e os elementos pesados se desenvolvessem.

O desenvolvimento do carbono e do oxigênio, essenciais para a criação dos organismos biológicos, exigiu que muitas coincidências tivessem lugar e continuassem a ocorrer a partir do momento do Big Bang.

O fato de você e eu, bem como o universo com as suas estrelas, galáxias e planetas existirmos é um evento altamente improvável! Uma completa coincidência. Um milagre que recua aos primórdios do tempo.

Se você pudesse ter contemplado o universo em qualquer ponto particular daquele período, não teria visto o padrão inteiro que estava se desenvolvendo. Enquanto as estrelas estavam se formando, você não poderia ter imaginado os planetas e muito menos as girafas, as aranhas, os pássaros e os serem humanos. Quando o esperma se encontrou com o óvulo para criar o ser humano que você é, ninguém poderia ter imaginado a narrativa extraordinária da sua vida, as fantásticas reviravolta do seu passado, as pessoas que conheceria, as crianças as quais daria à luz, o amor que criaria, a impressão que deixaria sobre a terra. E no entanto, aqui está você, a prova viva dos milagres do dia-a-dia. O fato de não podermos observar os milagres da maneira como nos maravilhamos diante de truques mágicos, ou seja, com uma gratificação instantânea, não significa que eles não estejam ocorrendo. Muitos milagres levam tempo para serem revelados e apreciados.”

É um milagre mesmo que ao nascermos já temos um quarto para nós preparado por uma família específica, médicos que nós ajudam a vir para este planeta todo preparado para que tenhamos todas as experiências necessárias para evoluir. Estar aqui, vivendo o que estamos vivendo, isso sim é um milagre.

15 de agosto de 2010

Meditação

Hoje já existem pesquisadores que dão respaldo científico às filosofias antigas orientais que acreditam que a mente em paz ajuda a prevenir doenças e recuperar alguma debilidade física.
Quando a mente não está neste estado, contribui para que as doenças apareçam. Pensamentos e sentimentos negativos contribuem para o surgimento de moléstias e atrapalham o restabelecimento de um doente, debilitando o sistema imunológico, ocasionando infecções, alergias e artrite. Ressentimento e angústia podem originar distúrbios cardíacos, hipertensão, depressão, ansiedade, insônia e enxaqueca.

Segundo essas pesquisas, 60% das consultas médicas poderiam ser evitadas se fortalecêssemos nossa capacidade de apaziguar a mente.

Não é só o corpo físico que se beneficia da mente calma: no campo psíquico, a pessoa pode experimentar um estado de equilíbrio, uma lucidez que a impede de entrar em conflitos emocionais internos, trazendo clareza mental, objetividade, paciência, compreensão e justiça.

Pensar, falar e agir sem parar produz ansiedade e nos afasta de nós mesmos. O silêncio desperta a alma, a mente vazia nos conecta com o Universo.

A meditação é uma técnica onde treinamos a atenção e acalmamos nossa mente, nosso corpo, nossa alma, levando ao autoconhecimento. Meditar é focar a mente, deixar as preocupações de lado, viver o aqui e o agora.

Não podemos simplesmente dar uma ordem à nossa mente para que pare de pensar, mas podemos ficar como observadores e, à medida que os pensamentos aparecem em nossa mente, apenas observamos e deixamos que eles passem como se fosse um filme em uma tela branca. Assim eles vão perdendo força e abrimos espaço para entrarmos em contato com nós mesmos, com a nossa parte mais profunda, com a nossa verdadeira essência.

Para isso precisamos de prática diária. Sentarmos por alguns instantes colocando foco na respiração e agir como observador de nós mesmo durante a meditação e, no dia-a-dia, agir conscientemente, ficando atento ao que falamos, ao que pensamos, como andamos, o que comemos e o que sentimos. No início, isso parece ser difícil, mas com a prática e com os resultados que sentimos, ficamos com vontade de aumentar o tempo em que estamos nesta quietude.

“Se passamos a introduzir na nossa vida cotidiana mais percepção sobre nossas emoções, sentimentos e pensamentos, podemos nos curar e consequentemente, passamos a curar o mundo. Quando você expande a consciência e melhora, afeta as pessoas ao seu redor”

“Toda doença é saudade do lar”

10 de agosto de 2010

Aceitação

Desenho de Neide inneco
Todo mês recebo uma mensagem de Findhorn (comunidade da Escócia). Essa mensagem é relacionada a uma carta de anjo, tirada do Jogo da Transformação. Este mês foi o Anjo da Aceitação e partilho aqui no blog na íntegra, pois gostei muito e vou trabalhar essa qualidade neste mês.

“Deixe que a névoa de autodesvalorização se dissipe. Caminhe adiante e aceite a vida como ela se apresenta para você. Pratique a arte da inclusão e da permissão.

A auto aceitação é um dom de adequação interna que aceita quem somos e quem não somos. Amplia nossa percepção para que possamos incluir os muitos paradoxos da vida.

A aceitação reduz os níveis de conflito dentro de nós e à nossa volta e invoca a mudança. Ela nos liberta da luta contra a realidade e, novas possibilidades, que não existiam antes, se abrem para nós.

A aceitação liberta nossa energia. É uma benção, uma graça, uma suave chuva que desfaz os julgamentos, medos e dúvidas, e que permite que nos entreguemos à verdade do momento sem preferências.

Ela anima o todo, dá as boas vindas à realidade maior, e convida a encarnarmos nossa natureza Humana e nossa natureza de Ser elevado – quando isto acontece, nos tornamos uma presença.

Procure experiências que tem rejeitado ou contra as quais você está lutando. Se a aceitação não parecer possível, pratique o relaxamento de sua resposta defensiva, que divide as percepções em áreas de certo/errado, bom/mau, culpa/inocência, e liberte a mente de suas fixações.

Esperamos que os Anjos continuem a inspirar sua vida. Que você se encha de aceitação e que a ofereça livremente.”

7 de agosto de 2010

Meu pai

Meu pai João L. Gil
Amanhã é Dia dos Pais e estava pensando aqui no meu velhinho de 89 anos. Penso em como a vida dele é difícil, digo, desafiante já que tem tantas limitações físicas. Foi perdendo a audição por causa do trabalho que fazia e hoje só nos comunicamos através de escrita. Por conta da perda da audição tem um barulho constante na cabeça que só cessa quando dorme. E também quase não anda mais. Ainda usa duas bengalas para ir até o quintal e no seu “ateliê” de ferramentas e lá fica algumas manhãs ou tardes brincando com elas. Conserta alguma coisa, pinta alguma coisa e organiza cada parafuso, cada pedaço de madeira. À tardinha, senta-se em frente à casa e fica vendo as pessoas voltando do trabalho e vez ou outra responde alegre aos “Ôi seu João!” das pessoas. Não enxerga muito bem, mas ainda consegue fazer as contas das despesas da casa para que elas caibam nos míseros reais que recebe de aposentadoria.

Entrei no mar de Santos pela primeira segurando na mão de meu pai. E hoje sempre que tenho que fazer algo difícil, me lembro daquela segurança e proteção que senti e reconheço que esta experiência foi um diferencial para meu crescimento.

Meu pai também foi aquele que, quando eu tinha crises de bronquite na infância, levantava de madrugada para me levar para o hospital e, sempre de bom humor, me encorajava a passar por aquela situação dolorosa com positividade.

Eu adorava brincar com argila que ele trazia da cerâmica onde, sozinho, carregava um caminhão inteiro de tijolos.

Tinha tudo para reclamar da vida. Mas nunca reclamou. Nunca reclama. Ao contrário, usa seu bom humor para brincar com suas dificuldades. Filhos, netos, bisnetos e agregados todos ouvem suas histórias que às vezes são repetidas, mas cheias de verdades. Velhos vizinhos, parentes distantes sempre aparecem para uma visita e sempre agradecem pela ajuda que ele e minha mãe deram a eles em momentos difíceis.

Enfim, meu pai é uma dessas pessoas das quais a gente se orgulha tanto pela dignidade como pela retidão de valores e pela certeza de que está vivendo bem uma vida inteira.

Feliz Dia dos Pais a meu pai e que ele continue usando o bom humor e a certeza de que tudo está bem.

com bisneto - o encontro de gerações

1 de agosto de 2010

Curar

Já faz um bom tempo, um amigo, que talvez leia esse blog, me falou sobre o livro Curar (o Stress, a Ansiedade e a Depressão sem Medicamento nem Psicanálise) do doutor David Servan-Schreiber. Como sempre leio livros que me indicam, pois acredito que eles vêm na hora que mais precisamos, lembro que comprei imediatamente, li e gostei muito. Este final de semana, num curso que estou fazendo, também falaram deste livro e fui folheá-lo novamente e ler aquelas linhas que eu grifo para justamente ler de vez em quando.

Aí resolvi transcrever aqui uma pequena parte do grande conteúdo, que fala sobre a “A grande conexão”.

Vamos a ele:

“A vida é uma luta. E é uma luta que não vale a pena ser travada se for apenas pelo nosso próprio bem. Estamos sempre procurando algum significado para além do tédio de sermos nós mesmos. Precisamos de uma razão para além da mera sobrevivência para podermos continuar vivendo.

Hoje vivemos em meio a uma tendência mundial centrada no ego, no desenvolvimento individual, na psicologia individual. Os valores-chaves são autonomia, independência, liberdade individual e auto-expressão...

Tais valores encontram-se em ascensão desde as revoluções Americana e Francesa no final do sec. XVIII. Naturalmente, contribuíram para que muitos aspectos da vida mudassem para melhor... mas quanto mais caminhamos nessa direção, mais claramente vemos que a liberdade individual tem um preço. O custo dessa busca sem trégua pela autonomia é o isolamento, o sofrimento e a perda de significado.

Nos últimos trinta anos. a sociobiologia demonstrou que nossos genes são altruístas. Nossa preocupação para com os outros e a paz interior que ela traz são parte de nossa feitura genética... O altruísmo é, em primeiro lugar, uma experiência sentida no corpo... Quando um computador mede a coerência cardíaca, observamos que o modo mais simples e mais rápido de o corpo estabelecer coerência é vivenciando sentimentos de gratidão e carinho pelos outros.

Madre Tereza disse: 'Não procure ações espetaculares. O importante é a doação pessoal. O importante é a qualidade do amor envolvido em suas ações...'

O psicólogo Abraham Maslow no fim de seu estudo sobre indivíduos saudáveis, psicologicamente equilibrados, conclui que o último estágio do desenvolvimento pessoal é alcançado quando o sujeito realizado começa a se voltar para os outros... A melhor maneira de se tornar auxiliar é se tornando uma pessoa melhor. Mas um aspecto necessário para se tornar uma pessoa melhor é ajudando outras pessoas. Assim uma pessoa pode e deve fazer as duas coisas simultaneamente.

Quando sentimos de um jeito visceral – emocionalmente – a conexão com aqueles à nossa volta, nossa fisiologia automaticamente atinge a coerência. Ao mesmo tempo quando ajudamos a nossa fisiologia a alcançá-la, abrimos a porta para novas maneiras de compreender o mundo que nos cerca... Esse é o portal para a realização do self – sem stress, sem ansiedade e sem depressão.”