Quase todas as pessoas
buscam um relacionamento, uma pessoa para quem possa dizer que ama e se sente
amado. Mas muito comumente caímos na velha história de relacionamentos autodestrutivos, e achamos que relacionamento é o que se retrata em novelas ou nas
músicas em geral, que mostram o amor perdido, o amor que machuca, o amor
construído em cima de joguinhos infantis. Todos queremos ser amados. A razão
para essa busca é porque não tenho amor por mim mesma.
No livro “Descobrindo o
amor” de Swami Dayananda ele diz:
“Minha
falta de amor próprio me afasta de mim mesmo. Não posso suportar nem mesmo um
momento de solidão... Quando alguém expressa amor por mim, tenho que ter a
infraestrutura emocional para absorver aquele amor... Eu devo ter para poder
receber. Se não tenho amor por mim mesmo e aceitação de mim mesmo, não posso
absorver amor, mesmo que ele seja dado em profusão para mim. Como resultado,
quando alguém professa amor por mim eu constantemente questiono e duvido. A
falta de amor por mim mesmo me faz interpretar erradamente o amor como
controle.
Se você
não tem uma imagem positiva de si mesmo, se você não tem amor por si mesmo, o
amor se traduz em controle e consequentemente em obsessão. Você não precisa
mudar ou controlar a pessoa que você ama... Você ama o outro não pelo outro,
mas por você mesma. O que você ama, um objeto, uma pessoa ou situação, você ama
porque ele evoca o ser satisfeito em você. O amor é portanto, a emoção que
conecta a pessoa satisfeita e o objeto externo. O eu insatisfeito existe porque
não sei exatamente quem sou. E talvez o eu satisfeito que você encontra aqui e
ali seja exatamente o que você é. A felicidade que você experimenta é você
mesmo. O amor existe somente quando você deixa de lado as expectativas em
relação ao outro. A menos que você abandone sua expectativa, não poderá
entender o outro. O amor é livre do controle.
No momento
que aceito a mim mesmo como sendo parte dessa ordem cósmica, minha vida se
torna um sucesso. São suas próprias ansiedades, medos, suas expectativas em
relação aos outros que separam você do mundo.
Descubra o
amor amando. A verdade é que você é o amor, quer você saiba ou não.”
Bom, não precisamos nos
culpar por ter vivido relações tão insatisfatórias, mas, ao contrário, podemos
nos observar e tentar fazer diferente. E fazer diferente começa com nós mesmos.
Observar como eu me relaciono comigo mesmo, como eu priorizo as coisas em minha
vida. Em que lugar da lista de pessoas que eu gosto eu me encontro? O que eu sei
de mim mesma? E nessa observação encontramos
muitas vezes aspectos que não gostamos, mas com generosidade e amorosidade a
mim mesma eu vou mudando esses padrões tão ineficientes que me impedem de
ter relacionamentos saudáveis e amorosos com outras pessoas.