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"O serviço se transforma em autorrealização quando você descobre o lugar em que sua alegria profunda e a fome do mundo se encontram" (Frederick Buechner) |
Tenho ouvido de alguns
adolescentes palavras de angústias porque não sabem o que querem fazer, não
sabem nem mesmo que curso universitário escolher, porque não sabem nem mesmo do
que gostam. Algo bem compreensível ao pensar que a escola ensina coisas dizendo
que saber aquilo que ensinam vai ser bom porque vai cair no vestibular. Pensei
que o que aprendemos deveria ser bom para a vida, para eu me conhecer melhor,
para eu saber como posso contribuir no mundo em que eu e minha espécie moramos
temporariamente. Ao invés disso nosso ensino empobrece dizendo todos os anos
que o que estudamos é para ir bem no vestibular.
Mas nesse mundo atual,
em que os valores estão mais ligados ao ter e não ao ser, vamos nos perdendo
porque nos identificamos com as coisas que temos e depositamos nelas todas as
nossas fichas para a nossa felicidade. E como podemos contribuir para a
sociedade se não sabemos nem mesmo quais são os valores que dão suporte à nossa
existência?
Acabamos vivendo as
coisas comuns, tendo ideias comuns, trabalhando em coisas que não nos
satisfazem.
E lá pelos 50 anos
começamos a segunda versão da adolescência, com as mesmas perguntas: o que vou
fazer agora? E ficamos agora com mais tempo pensando qual seria nossa vocação.
Como podemos nos expressar no mundo? É um momento muito intenso onde podemos ser
o que quisermos. É como se descobríssemos que temos todas as potencialidades
dentro de nós e só precisamos descobrir onde usá-las.
No livro A Prática de
Vida Integral, os autores dizem que para encontrar a nossa vocação, temos que
atender aos chamados que a vida vai fazendo. Dizem eles:
"Às vezes, a vida nos
manda sinais. Como parte do processo de crescimento, você vai aprender a
reconhecê-los. Quando você percebe que está sempre envolvido na mesma dinâmica,
seja no trabalho seja nos relacionamentos, é bom ficar atento. Você pode estar
recebendo um chamado para aprender lições profundas e importantes. Sonhos
recorrentes podem conter mensagens ocultas. Estranhas coincidências podem
indicar passagens inesperadas para um novo terreno. Palavras ou músicas que
ressoam muito profundamente e o acompanham podem conter indícios. Essas
indicações podem ajudá-lo a elucidar uma escolha fundamental ou apontar para
uma dimensão do seu ser que precisa se revelar.
Às vezes, o chamado
pode desafiá-lo com mais vigor, exigindo que você reavalie o significado e a
direção da sua vida. Você pode perder o emprego ou o relacionamento.
Inversamente pode receber uma oferta de um emprego inesperada e importante ou
deparar com outra oportunidade positiva capaz de mudar a sua vida. A morte de
alguém ou um acidente podem mudar curso da nossa vida. Assim como um caso de
amor ou um súbito golpe de sorte.
Tudo que você pode
fazer é prestar atenção e estar disposto a atender ao chamado quando a vida lhe
fala. Algumas dessas lições podem ser brutais. Outras podem ser estranhamente
delicadas. Cada instrução o prepara de maneira especial para o que está por
vir. Cada experiência desempenha um papel no processo de moldar a forma única
da sua contribuição para o Kosmos e para a sua comunidade.
Quando definir qual é
o seu serviço, você não terá outra escolha além de realizá-lo . Há uma
vitalidade, uma força vital, uma energia que por meio de você se transforma em
ação, e como você é único em todos os tempos, essa expressão é única. Se você a
reprimir, ela nunca existirá através de outro meio e se perderá. O mundo não a
terá.
Muito legal, Zezé! Se você não manifestar o seu dom, o mundo não o terá... ;-) Beijo.
ResponderExcluirÓtimo , bem apropriado ao momento.
ResponderExcluirEnviei para os sobrinhos e neta
Abs
Lindo texto, ótimo toque amiga Zezé...bjs
ResponderExcluirResposta de minha neta quando mandei pra ela.
ResponderExcluirAdorei o texto!
Era exatamente o papo que eu tive com a Tata ontem na sua casa. Que a vida manda sinais, e precisamos estar atentos, porque as vezes bate aquela insegurança mesmo, aquelas perguntas básicas: que vou fazer mais pra frente? tô no caminho certo? Eu sempre me pego perguntando isso.
Adorei mesmo o texto vô, brigadinha!