Dentro de mim existe um lugar onde vivo inteiramente só
e é lá que se renovam as nascentes que nunca secam.
P.Buch

15 de janeiro de 2011

Estresse

Acabei de ler o livro de Susan Andrew, “O Stress a seu favor”. Fala-se tanto em estresse, mas aqui vi uma outra abordagem muito interessante.

O livro traz várias situações de estresses da vida moderna. "Relações de trabalho que destroem o amor-próprio, a paz mental e até a saúde se tornaram uma doença universal. Uma pesquisa no Brasil mostrou que 30 por cento dos profissionais têm problemas com seus colegas de trabalho, o ambiente se torna contaminado de fofoca resultando em queda de produtividade, perda de tempo, energia e dinheiro e doenças relacionadas ao estresse. Outra fonte de estresse atual é a o da fadiga da informação: fatos demais, e-mails demais, canais de TV demais.... Estatísticas mostram que a cada 72 horas o volume de informação disponível dobra. Outras fontes de estresses: café instantâneo, satisfação instantânea, tudo pronto para já. Precisamos correr o mais que puder pra ficar no mesmo lugar." Ufa!

Já que o estresse é inevitável, a ação seria então a de tomar novas atitudes e "gerenciar o nosso próprio estresse de modo a usá-lo a nosso favor, desenvolvendo a nossa capacidade de transformar a raiva, o medo e a depressão em energia positiva, encontrando assim o centro da estabilidade e da tranqüilidade em nós mesmos."

Susan diz que "precisamos treinar para não alimentar essas emoções. O problema não é a causa do estresse - colegas de trabalho antipáticos, problemas em casa, falta de dinheiro, mas a nossa reação a ele. Simplesmente recordar durante cinco minutos uma situação de raiva ou hostilidade pode causar a secreção excessiva de cortisol. Isso baixa o nosso sistema imune por seis horas."

"A cada estado mental mobiliza-se uma enxurrada de moléculas de emoção. Por exemplo: para a raiva, o excesso de cortisol; para o amor, a ocitocina. Fazer terapia, apenas discutindo os problemas, muitas vezes não gera os resultados esperados, pois nosso corpo continua em pandemônio. Por isso, é importante trabalhar também o organismo. A idéia é nos tornarmos autossuficientes, gerindo nossa própria saúde."

"A percepção que se tem do estresse é mais importante do que o estresse em si. Na verdade não é a sobrecarga de trabalho ou estresse que nos torna doentes – é a nossa resposta eles."

Susan dá dicas de como usar o estresse a nosso favor. Primeiro é olhar para a mudança como um desafio e não como uma ameaça. "Os problemas são os nossos trunfos. Eles desenvolvem as nossas mentes para níveis mais elevados de energia e integração. Todas as ações, sejam elas bem-sucedidas ou fracassadas, são experiências valiosas que levam a mais descobertas, lições que expandem o nosso crescimento. “Seja como a ostra, que em resposta à irritante presença de um grão de areia dentro de sua concha, não só resolve o conflito, mas muda a irritação para algo de beleza e valor duradouros – uma pérola.” Pessoas com o atributo da dedicação têm um senso de propósito, de significado na vida. Elas estão se movendo em direção a uma meta mais elevada. Um ideal maior do que elas mesmas. O estresse não é gerado pelo mundo externo: é uma condição do seu próprio interior."

Outras dicas são mencionadas no livro como a respiração (quando a respiração vagueia, nossa mente também fica instável), yoga (para reduzir o cortisol), massagem, relaxamento profundo (para baixar a pressão), meditação (para revigorar o sistema nervoso), dieta apropriada e intercalar os períodos de estresse, que são tão essenciais para seu crescimento, com período de relaxamento completo para recuperar-se. Entre outras dicas, Susan diz que "uma ótima ação para lidar com o estresse é ter uma atitude de misericórdia em relação às outras pessoas. Aceite que estamos todos nos movendo no caminho da imperfeição para a perfeição. Pense positivamente: para cada coisa que dá errado, há provavelmente de 50 a 100 bênçãos. Conte-as."

Na mente calma
se os pensamentos vierem,
eles não surgem da mente,
mas vêm de fora e pela mente,
assim como os pássaros
cruzando o céu num ar sem vento.

Passam, nada perturbam,
não deixando nenhum traço.

Mesmo que mil imagens,
ou os mais violentos eventos,
passem pela mente,
a placidez permanece
como se a própria textura da mente
fosse uma substância
de eterna e indestrutível PAZ.
(Sri Aurobindo)

2 comentários:

  1. Relaxemos, relaxemos. Nada a dizer, nada a temer. O estresse vai-se embora. Esse menino danado. Esse Saci Pererê de perna bamba. Beijo!

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  2. Zezé, gostei muito do seu blog. Tem muito a ver comigo. Também quero ler o livro "O Stress a seu favor". Obrigada pela dica. Beijo grande e prossiga firme em sua missão. Carmo.

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