Dentro de mim existe um lugar onde vivo inteiramente só
e é lá que se renovam as nascentes que nunca secam.
P.Buch

3 de setembro de 2010

Nossos Relacionamentos

Esta semana várias pessoas me falaram sobre relacionamentos em geral. E fiquei pensando como é importante compreender como funcionam os relacionamentos. É comum começarmos a procurar ajuda para tentar entender como funcionamos dentro de um relacionamento. Muitas pessoas encaram os relacionamentos como se fossem aquelas histórias que vemos nas novelas, onde se imperam a intriga, os jogos. Mas isso é muito pobre. Relacionamento é muito mais que isso.

Cito novamente o Deepak Chopra que diz que somos todos uma única entidade com diferentes pontos de vista. Então, nosso olhar deve envolver tudo e todos no mundo, e portanto devemos compreender que quando você vê o outro, na verdade está vendo outra versão de si mesmo. Somos espelhos para os outros e precisamos aprender a nos ver no reflexo das outras pessoas.

Dessa maneira, alimentar os relacionamentos é a atividade mais importante na vida, pois quando olho ao meu redor, tudo que vejo é a expressão de mim mesmo. Reconhecer essa conexão acelera o nosso próprio crescimento. Visto dessa forma, o relacionamento, todo relacionamento – pais, filhos, amigos, colegas de trabalho, parceiros românticos - é uma ferramenta para a evolução espiritual.

Tanto aqueles que amamos ou aqueles a que temos aversão são espelhos de nós mesmos. Sentimos-nos atraídos por pessoas que possuem as mesmas características que temos, porém mais acentuadas. E ainda desejamos a companhia delas porque, subconscientemente, sentimos que por meio desse contato possamos também expressar essas características.

Pelo mesmo motivo sentimos repulsa pelas pessoas que refletem características que negamos possuir. Passamos tanto tempo negando possuir esse lado escuro que acabamos projetando essas qualidades sombrias em outras pessoas em nossa vida.

Encontrar uma pessoa de quem não gostamos é uma oportunidade para vivenciar a coexistência dos opostos e descobrir uma faceta de nós mesmos.

Quando estamos dispostos a aceitar tanto o nosso lado claro quanto o sombrio, podemos começar a curar a nós mesmos e os nossos relacionamentos.


Breve história sufista contata no livro de Chopra
 Certo homem entrou em um vilarejo e procurou o mestre que era o ancião sábio do local. O visitante disse: “Estou resolvendo se devo ou não me mudar para cá. Tenho curiosidade de saber como é a vizinhança. Como são as pessoas que moram aqui?”

O mestre então perguntou ao homem: “Decreva-me o tipo de pessoas que moravam no lugar de onde você vem.” O visitante disse: “Oh! Eram assaltantes, trapaceiros, mentirosos.” O velho mestre então declarou: “Imagine só. As pessoas que moram aqui são exatamente iguais a essas.”

O Visitante deixou o lugar e nunca mais voltou. Meia hora depois, outro homem chegou à aldeia. Ele procurou o mestre e disse: “Estou pensando em me mudar para cá. O senhor pode me dizer como são as pessoas desse lugar?” Uma vez mais o mestre pediu: “Diga-me que tipo de pessoas moravam no seu lugar de origem.” O visitante respondeu: “Oh!, eram extremamente bondosos, delicadas, compassivas e amorosas. Vou sentir saudades delas.” O mestre então declarou: “”As pessoas daqui são exatamente assim.”

2 comentários:

  1. É... viver com as diferenças é uma arte de aprender sobre si mesmo...
    Um beijo

    ResponderExcluir
  2. ... estou ainda aprendendo a engatinhar!
    []s

    ResponderExcluir